A CASA
Aos poucos a casa vai
adquirindo vida
nos pés de quem a pisa
ergue-se entre sonhos
da noite os assombros
construídos durante o dia
e refaz cada pedaço
canto e esquima
ideias vividas
A casa é pranto, dor
avenida nos esquadros
das janelas o de bruços
deita os desejos
da casa o aviso
no portal é bem-vindo
A casa se enche
de vida do telhado
ao pombo que pousa
enxuto o gorjeio da vida
Vazia
a casa desmorona
sem vitalidade
a ausência
de seus vazios
Hideraldo Montenegro
Um comentário:
Uma bela imagem do ser e do estar no munddo. Amo a sua poesia.
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